quarta-feira, 10 de julho de 2013

PROBLEMAS EM ELEVADORES FECHA SETOR DE EMERGÊNCIA DA MATERNIDADE ESCOLA



Os setores de urgência e emergência da Maternidade Escola Assis Chateaubriand amanheceram fechados nesta quarta-feira (10). Os 3 elevadores existentes na Unidade estão com defeito, o que impossibilita o acesso de pacientes em trabalho de parto aos andares superiores, onde funcionam as centrais de internamento e as centrais cirúrgicas e de parto.


A situação se agrava ainda mais com a impossibilidade de o hospital remanejar os pacientes que chegam em busca de atendimento para outros locais. "O remanejamento não é específico da maternidade. A maternidade não pode se responsabilizar, mesmo porque não temos pra onde mandar especificamente. Nós somos ponto final de atendimento", explica o diretor clínico do hospital, Edson Lucena.

Com relação ao problema com os elevadores, o gestor afirma que o problema está sendo resolvido, mas que não há previsão de quando o funcionamento estará normalizado. "Nós  tínhamos 2 elevadores que já estavam com problema e um terceiro elevador funcionando. Infelizmente, pela sobrecarga, este  elevador também apresentou problemas. Mesmo com a manutenção já trabalhando, nós ainda não conseguimos recuperá-lo e não temos uma data específica nem hora específica para que eles voltem a funcionar. A manutenção está verificando se o problema é só de manutenção, se tem necessidade de novas peças e se estas peças estão disponíveis", afirmou.

Superlotação também atrapalha serviços no hospital

Além dos problemas com os elevadores, a Maternidade Escola enfrenta outras dificuldades que prejudicam o atendimento. De acordo com Edson Lucena, o hospital está trabalhando com uma sobrecarga de até 20% na sua UTI neonatal. "Nós só temos 3 hospitais atendendo à demanda especifica de gestação de alto risco, que são a Maternidade Escola, o Hospital Geral César Cals e o Hospital Geral de Fortaleza e eles estão constantemente superlotados. Nossa Unidade de terapia Intensiva Neo-Natal diariamente está com 10% a 20% além daquilo que ela pode funcionar. A nossa UTI materna, da mesma forma. Isso sobrecarrega toda a infraestrutura, todo atendimento humano, todo o serviço, enfim, praticamente tudo se sobrecarrega. Nossa escola de neonatologia funciona com um déficit de 50%, porque não temos pessoal", desabafa.

Outro problema do hospital é apontado pela coordenadora de comunicação e imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da UFC (Sintufc), Adeli Moreira. O prédio da Unidade está em reforma há cerca de 3 meses e, segundo a sindicalista, a falta de planejamento prejudica o atendimento aos pacientes. "Essa reforma, quer queira, quer não, traz transtorno aos pacientes. Ela está acontecendo sem um planejamento de remanejamento, então isso prejudica os bebês, traz barulho, poeira e tudo isso incomoda" disse.

Fonte: Diário do Nordeste

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