Um imóvel só deve fazer a interligação à rede, após ser dada autorização pela Cagece. Isto evita problemas como transbordamentos nas vias.
Desde que foram iniciadas as recentes obras de esgoto em Fortaleza, um dado novo tem chamado a atenção. A Cagece tem verificado o aparecimento cada vez mais frequente de extravasamento causado por interligação não autorizada ao sistema de esgoto.
Isso acontece quando as obras de esgoto da Cagece acabam de passar por uma via e os moradores interligam suas residências antes de receberem autorização da empresa. Então o esgoto transborda, porque o sistema ao qual os imóveis foram ligados ainda não está completo. Essa atitude, além de causar transtornos aos próprios moradores, não tem solução definitiva enquanto a ligação prematura não for retirada.
Conforme os especialistas, os principais maus hábitos que prejudicam o funcionamento do sistema de esgotamento sanitário são: jogar lixo na rede de esgoto e despejar água de chuva dentro da tubulação. É fácil entender por que o lixo entope as tubulações, já que sólidos acumulados na rede não poderiam deixar de provocar esse tipo de ocorrência. Só no ano de 2010, quase 10 mil toneladas de lixo foram retiradas da rede de esgoto de Fortaleza.
Outro ponto ainda por demais desconhecido é que o sistema de esgoto convencional adotado pelo Brasil é chamado de separador absoluto, isto é, as águas de chuvas devem ser encaminhadas para uma rede de drenagem, enquanto os dejetos advindos dos sanitários e das águas servidas devem escorrer pela rede de esgoto.
Infelizmente, a prática contrasta com a teoria. O sistema de esgoto costuma receber águas de chuvas de calhas e de quintais, além de esgotar as águas acumuladas nas vias. Por não ser dimensionado para receber essa quantidade de líquido, o sistema de esgoto separador absoluto não comporta o volume o que ocasiona os extravasamentos.
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