sexta-feira, 25 de maio de 2012

HOSPITAL DAS CLÍNICAS E INSTITUTO DO FÍGADO REFORÇAM PARCERIA


Parceria reforçada na área de transplantes .  

O Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), da Universidade Federal do Ceará, e o Instituto do Fígado do Ceará (IFIC) assinaram, no último dia 18 de maio, um convênio de cooperação para a área de transplantes hepáticos no Estado. A parceria foi firmada durante solenidade em comemoração aos dez anos do primeiro transplante de fígado do HUWC, no Auditório da Reitoria.

A expectativa é que as duas instituições caminhem juntas, de forma mais intensiva, em ações como campanhas de sensibilização para doação de órgãos e de prevenção de doenças do fígado, captação de recursos para o setor, entre outras atividades.

De acordo com o chefe do Serviço de Transplantes Hepático do Hospital Universitário, Prof. Huygens Garcia, outra idéia é a criação de uma casa de apoio para pacientes que chegam do Interior do Estado a Fortaleza, para serem atendidos pelo HUWC. Atualmente, boa parte dos transplantes de fígado da Instituição é realizada em cearenses oriundos de outras cidades e de outros estados, muitos deles pertencentes a famílias com baixo poder aquisitivo. “Essa casa de apoio serviria não só como alojamento para esses pacientes, mas também como um lugar em que eles possam ser atendidos por serviços médicos complementares ao tratamento”, explicou o Prof. Huygens.

COMEMORAÇÃO – O convênio com o IFIC foi assinado durante o evento de comemoração dos dez anos de transplantes hepáticos na UFC, solenidade que contou com a presença do presidente da Associação Brasileira dos Transplantes de Órgãos, José Osmar Medina Pestana, e de médicos pioneiros no setor, que contribuíram para a instalação do Serviço de Transplantes Hepáticos no HUWC e para o desenvolvimento do atendimento. Hoje, o Hospital Universitário é a unidade pública que mais realiza transplantes de fígado do Brasil. De 2002 para cá, foram feitos mais de 670 procedimentos desse tipo. A expectativa é que, em 2012, mais 150 pacientes recebam um novo fígado.

Apesar dos avanços, ainda são muitos os desafios, como o aumento do número de leitos no Hospital e a sensibilização de novos doadores. O Ceará tem 18 doadores por milhão de habitantes, índice superior à média brasileira (12 doadores por milhão de habitantes), mas ainda distante da média da Espanha, referência mundial na área, com 35 doadores por milhão. Um dos principais diz respeito ao número de doadores. Atualmente, Santa Catarina é o estado com maior captação de órgãos do País, seguido de São Paulo e do Ceará. De acordo com Osmar Medina, ao contrário do que se pode “a maioria das famílias que se negam a doar se baseia no desejo do indivíduo doador. Se a pessoa nunca falou para a família que deseja doar seus órgãos, a família fica em dúvida e não autoriza a doação”, explicou.

Durante a solenidade desta sexta, houve homenagens a personagens de destaque na área, como os professores e médicos Lacerda Machado e Odorico Moraes, dois dos principais entusiastas da criação de um setor de transplantes no Complexo Universitário da UFC; a chefe da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Régia de Almeida; o Vice-Reitor em exercício da Reitoria da UFC, Henry Campos e o Reitor licenciado, Jesualdo Farias.

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